O projeto Mulheres em Movimento foi encerrado com a realização do quarto e último encontro do grupo de mulheres vítimas de violência, consolidando uma iniciativa que uniu arte, acolhimento e promoção de direitos humanos. Desenvolvido pela Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPEMT), o projeto proporcionou um espaço seguro de escuta, fortalecimento emocional e orientação jurídica, permitindo que as participantes compartilhassem vivências, avaliassem a autoestima e ampliassem o conhecimento sobre seus direitos.
Idealizado, segundo a defensora pública e integrante do Núcleo de Defesa da Mulher de Cuiabá (Nudem), Rosana Leite, há cerca de seis anos, o projeto saiu do papel este ano e ganhou forma por meio de oficinas terapêuticas, especialmente com a dança, aliadas a momentos de diálogo sobre legislação, ciclo da violência e acesso à rede de proteção.
Ao longo de quatro encontros, as mulheres puderam não apenas expressar sentimentos por meio da arte, mas também compreender caminhos concretos para romper situações de violência. Para Rosana, o encerramento do projeto simboliza a materialização de um sonho antigo.
“Foi um projeto pensado há seis anos e agora é uma realidade aqui na Defensoria Pública. Pensar em enfrentar qualquer violência com arte, trazer alegria e ouvir o que as pessoas querem desse mundo também é muito importante. Aqui elas trouxeram situações da vida cotidiana, situações pelas quais passaram. Desejo qu outras edições venham e aconteçam, porque a Defensoria Pública deve estar de braços dados com a população”, destacou.
A segunda subdefensora-geral, Maria Cecília da Cunha, representou a Administração Superior no evento e agradeceu a participação das mulheres no projeto afirmando que ao optarem em participar do projeto, confiaram, se permitiram e inspirou o órgão.
"Agradeço também às defensoras e defensores, servidoras e servidores, estagiárias e parceiras da rede de proteção que, com sensibilidade e comprometimento, fizeram deste projeto um espaço vivo de transformação social. A Defensoria Pública sempre acreditou que promover direitos humanos é mais do que garantir o acesso à justiça - é reconhecer as histórias, as dores e os silêncios que muitas vezes antecedem o pedido de ajuda. Este projeto nos lembrou, mais uma vez, que o acolhimento também é uma forma de justiça", declarou.